Date
Friday 17 April 2015 at 8:30pm
Location
Sala Minas Gerais
Rua Ten. Brito Melo, 1090 - Barro Preto,
Belo Horizonte, Minas Gerais,
30180-070,
Brazil
Tel: +55 (31) 3219-9000
Link
http://www.filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos/forca-de-brahms-com-lilya-zilberstein/
Description
Brahms: Concerto para piano n.º 1 em ré menor, op. 15
Shostakovich: Sinfonia n.º 5 em ré menor, op. 47
“No momento, faço uma cópia definitiva do primeiro movimento do Concerto. Estou também pintando um terno retrato teu, que será o Adagio”. Assim Brahms se dirige a Clara Schumann, em uma carta de 1856. A obra a que ele se refere é exatamente o Concerto para piano em ré menor, que foi estreado em janeiro de 1859 tendo o compositor como solista. O opus 15 não é uma obra para que o solista exiba seus dotes particulares. A dificuldade de determinadas passagens (que exigem real bravura do solista) não tem em absoluto esse propósito, mas representa o caminho encontrado pelo compositor para o desenvolvimento de suas ideias musicais. Mais do que a concepção sinfônica da obra, é possível notar uma alternativa inovadora (e ainda hoje atual) para um procedimento que constituiu uma das expressões mais importantes no seio do Classicismo, e que o Romantismo tratou de expandir: integrando o piano à textura orquestral, Brahms antecipou-se ao seu tempo.
Durante a década de 1930, Shostakovich sofria duras críticas no Pravda - publicação do Partido Comunista da União Soviética -, que taxava suas obras de extremamente progressistas, imorais e inapropriada para o consumo de massa. A resposta de Shostakovich aos ataques foi uma mudança drástica em seus planos. Mas tal mudança não ocorreu subitamente, pois na época dos ataques no Pravda ele terminava a sua Quarta Sinfonia; uma execução da obra poderia levar a consequências trágicas, já que era muito distante do classicismo heroico desejado pelo Comitê Central. Ao perceber o risco que corria, Shostakovich cancelou os ensaios e começou a compor uma nova sinfonia, mais em conformidade com as diretrizes do Partido. Assim surgiu a Sinfonia nº 5, composta entre abril e julho de 1937 e estreada em novembro do mesmo ano. O imenso sucesso ajudou a reabilitação de Shostakovich e lhe possibilitou encontrar uma linguagem que lhe permitiria continuar a compor, com toda a força de seu talento, por mais 30 anos.
Line-up (5)
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