Biography
Arthur começou a gravar o Podcast Saco Cheio em 2012 e, de lá pra cá, conseguiu criar a pior base de fãs que um artista poderia ter. Seus seguidores se resumem a perfis fakes com fotos de anime, antisociais, depressivos, maníacos, bipolares e prováveis suicidas. Aqui a desinformação, o ódio e a raiva são vistos com bons olhos. Ou seja, todas as condições estão preenchidas para o nascimento de um culto. Provavelmente você não vai entender.
Em 2013, Petry tentou fazer seu primeiro open mic.
Toda sexta-feira daquele ano, no extinto Bar da Mata, em Porto Alegre, ocorria apresentações de stand up.
Toda sexta-feira ele pegava os papéis onde anotara as ideias, parava na frente da porta e desistia.
Foi preciso o ressurgimento da sua ex namorada para encorajá-lo a ir.
Em uma dessas sextas-feiras, arrastado pela sua ex-ex-namorada, ele conseguiu ir, Antes de sair de casa tomou três doses de whisky.
Chegando no local, pediu pra fazer open mic. Enquanto assistia as outras apresentações, bebeu mais de sete doses de whisky.
Entrou no palco completamente bêbado e ficou 14 minutos enchendo o saco (era pra ter feito 5).
Depois de terminar, Petry voltou pra sua mesa, olhou pra sua ex-ex-namorada e começou a chorar copiosamente.
Alguns dias depois, não aguentando tamanha fragilidade, ela o deixou.
Ainda naquele ano Petry fez mais um open mic no mesmo local e foi proibido de fazer outras apresentações após brigar com o dono do bar que o considerou “muito agressivo”.
Em 2014 participou da seletiva regional do “Prêmio Multishow de Humor” e falhou.
Apesar dos fracassos, permaneceu gravando seu podcast e reunindo todos os deslocados sociais desse Brasil.
Em 2015 foi aprovado para participar do concurso “PB Procura”, mas falhou mais uma vez.
Foi humilhado por todos os participantes do programa e, após perder o concurso, sentou em uma cadeira atrás do palco e chorou por horas.
Em 2016, foi descoberto na internet pelos seus colegas esquerdistas pós-modernos desconstruídores sociais (SJW) da faculdade de jornalismo e SE FODEU.
Todos o odeiam. Onde ele senta, surge um raio de solidão de cerca de 500 metros.
Todos o olham com nojo. Professores o detestam.
Colegas sussurram quando ele caminha no saguão: “machista”, “fascista” e etc.
Em 2017, após brigar com o Maurício Meirelles no Twitter, foi convidado para abrir o show do comediante em Porto Alegre.
Pela primeira vez ele não fracassou.
Após isso, Petry se apresenta esporadicamente em bares fodidos sem ninguém e arranca gemidos de dor da plateia a cada piada.
(Ele se sentiu ridículo escrevendo esse texto em terceira pessoa).
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