Biography

Don Tronxo, cujo nome de batismo é João Fernando, é uma dessas lendas urbanas. Nasceu em João Pessoa, mas cedo se radicou nas swingings Recife e Olinda dos efervescentes e produtivos anos 1970. Foi quando Don enturmou-se com a rapaziada da cena de música local e iniciou uma profícua parceria com Alceu Valença e Lula Cortes, dois ícones da MPP - Música Popular Pernambucana. Entre outras peripécias, tocou guitarra no lendário disco Paêbirú, de Lula Cortes e Zé Ramalho, lançado em 1975. Desse disco, também participaram Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

O Blog Olinda Urgente tece o seguinte comentário a seu respeito:

‘Da escola de Alceu Valença, no frevo, Don Tronxo é da mesma turma da Tito Lívio, Luciano Padilha, J. Michiles e Carlos Fernando, estes dois últimos somente como compositores. Dom gravou Alceu e assinou diversas coautorias com este, por isso acreditou que tal parceria lhe renderia um pouco mais de fama na cidade que adotou. (…) Ter vivido à sombra do menestrel não foi o único problema. O codinome - que teve origem nas peladas de futebol mal jogado, ainda menino - foi e continua sendo ainda um empecilho, segundo acredita. Dom foi inclusive buscar abrigo e aconchego em Gravatá. Hoje, no entanto, vive uma de suas melhores fases produtivas’.

Enganam-se, porém, aqueles que acham que Don Tronxo vive a reboque da mais famosa de suas parcerias com Alceu, Maria dos Santos, gravada no antológico disco Espelho Cristalino, de 1978. O seu repertório emepebiano é composto de várias pérolas, como outras canções que compôs com o próprio Alceu – Sonhei de cara, Moinhos, Nas asas de um passarinho e Balanço de rede - e Brilhos e Mistérios e Canção da chegada, estas em parceria com Lula Cortes, lançadas no disco O gosto novo da vida, de 1981.

Don Tronxo é autor de uma obra significativa, tanto em tamanho como em qualidade. O disco Brilhos e Mistérios, por exemplo, lançado nacionalmente em 1990, reúne as suas famosas parcerias, como Brilhos e mistérios, Maria dos Santos, Canção da Chegada, Moinhos e Balanço de Rede. O disco teve a participação do guitarrista Paulo Rafael e de Alceu Valença, que divide os vocais com Don na faixa Moinhos. É considerado pela crítica como um grande disco de música nordestina moderna, com influências de regionalismo (forró, baião, frevo) e de ritmos do mundo do rock e do reggae, principalmente.

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